Abri o jornal de domingo que há tempos não lia
Um jornal que nem era da cidade em que estou (e vivo), nem do estado em que estou (e vivo), mas era do país em que estou (e vivo)
E fazia diferença?
Globalização
E minha cabeça estava alguns dias antes
Memória, madrugada, noite
Um olhar e um sorriso até então nunca vistos (será sempre assim que acontece?)
Irreverente
Envolvente
Inteligente
Facilmente capturou meus olhares
Fui atraído como um imã
Atraído ou percebi algo diferente ali? (não seria a mesma coisa?)
Sei lá
Já não sei de nada
Nem quero saber
Não importa em nada além da memória boa que trago em mim daquele momento
Até porque o “saber” é terminal, fim de linha, ponto final que não gosto de usar
Então, deixo aberto... adoro reticências
Quero reticências
Carinhosas e intensas
E a vida que continua
Virei a primeira página, o mundo num pedaço de papel em um domingo calorento
E a mente não mente, mas pensa, lembra, deseja
Quando será mesmo que nos veremos?
Não sei
Não importa saber...
Se estamos nos vendo o tempo todo em minha mente, na minha frente
Só agora
Neste momento mental que materializo na escrita de uma tela de computador
Esta coisa toda que vem a mente
Que mente pra mim ao me fazer dizer que não me importa
Pois importa...
“Me diz, me diz, como é que se diz ‘eu te amo’”
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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Um comentário:
Bonito poema. Tava inspirado, hein! ;)
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