Assistir filmes é um passatempo que tenho adotado para sair um pouco do mundo "orgânicos politizados" em que me enfiei nesta reta final do mestrado. De vez em quando dou a sorte de locar um bom filme. Estava de olho, fazia tempo, neste filme "O escafandro e a borboleta". Mas o interesse me veio quando folheei um destes livros "1001 filmes para assistir antes de morrer" e ele estava lá listado.
Enfim, com a lotação no cinema para assistir "2012" e a vontade de assistir um filme com a namorada no sabadão noturno, acabei passando na locadora e como estava o filme lá, lá fomos nós.
O filme, francês (ainda brinquei com a namorada que a probabilidade de dormir era imensa...), me deixou muito emocionado por mostrar em relevo a dimensão humana da ação criativa e da imaginação. Resumo: um editor de uma revista de moda de grande circulação sofre um forte AVC, aos 42 anos, e fica sem movimentos, a não ser dos olhos e suas pálpebras.
Fiquei imaginando como deve ter sido para este ser que sequer podia pedir para morrer, inicialmente, e, quando podia pedir, não o fez em nenhum momento. Caramba! Uma porrada em qualquer desânimo e preguiça, em mim, sempre ressoa forte e inspirador.
O melhor de tudo é que o filme remete a uma história que aconteceu de fato. Mais que não querer morrer, o protagonista, como um escafandro, ainda teve forças para escrever o livro, no qual se baseia o filme, com a ajuda de uma eficiente e apaixonada borboleta que sequer conhecia.
Dias depois de lançar o livro, morreu, mostrando que o resultado vale muito pouco perto do caminho que escolhemos para chegarmos a ele... ele persistiu, não se rendeu ao imobilismo quase que total. Foi aproveitar o que a vida lhe reservou até o fim, com graça e fé...
Vale a pena assistir o filme para entender a emoção que um solitário pode passar para quem pode ainda viver e apreciar a vida e ver como ela é bonita, é bonita, é bonita, como dizia o falecido, também, Gonzaguinha.
domingo, 22 de novembro de 2009
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