segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Minha vivência com/na Internet (ou o lugar de onde parto para entender o que quero pesquisar)

Hoje, começo a pensar e escrever (ou desenhar a estrutura do) meu projeto de doutorado. Bem antes de assistir ao filme sobre a criação do Facebook, já tinha por hábito registrar em blogs (isso mesmo, este não é o primeiro e nada garante que durará muito tempo) as etapas dos processos nos quais me envolvi a partir de 2007.

Portanto, achei legal escrever, mesmo que brevemente, sobre minha experiência com/em a Internet, ou esse conjunto de práticas, contextos e tecnologias (como Miller & Slater muito bem definiram) que convencionalmente chamamos Internet.

Isso serve para me clarear de onde estou partindo quando penso em Internet. Como tenho uma hora antes de sair para almoçar, vou aproveitar este tempo com minhas próprias reminiscências. A tarde espero aproveitar integralmente o tempo no projeto, bem como o restante da semana.

Lembro que fui abrir uma conta de e-mail "apenas" em 2001. Tudo bem que entre 1999 e 2002 tinha uma conta pela empresa que trabalhava, e até a usava, ainda que como intranet e bem pouco para me comunicar fora do âmbito profissional. Pois bem, meu primeiro contato com o e-mail foi induzido pela multinacional em que trabalhei. Pouco antes de sair desta empresa, criei uma conta na plataforma Hotmail, mas lembro que não a usava de forma intensa (ao menos quando comparo com meu uso atual!).

Nestes nove anos passados, devo ter criado (e usado) umas nove contas de e-mail (uau!). Meu e-mail atual (celocastaneda@gmail.com) está prometendo durar, tendo em vista que está para completar seis meses de uso ininterrupto.

Ou seja, uma plataforma tecnológica na qual pareço ter extrema familiaridade (assim como muita inquietação, vide as tantas mudanças) é o e-mail (que me parece pouco pesquisado, alías...). Depois de várias tentativas entre Hotmail, Yahoo! e Gmail, tendo a dizer, sem querer fazer propaganda (mas já sabendo que o faço), que este último possui a melhor plataforma, no meu ponto de vista.

Entre 2006 e 2007, criei e gerenciei (e polemizei em) uma lista chamada "Desconstrutora de Nós", que funcionava na plataforma "Yahoo! Grupos", com participantes que, em sua maioria, moravam em Nova Friburgo e discutiam questões de todas as esferas (global, nacional, regional, local, entre outras possibilidades).

Quanto às hoje famosas "redes sociais", só adentrei e fiquei nestas plataformas no início de 2007. No entanto, já em 2003, ouvia falar do Orkut pelos corredores do nono andar uerjiano, mas achava isso muito estranho, e quiçá, na época, bem desnecssário. Em 2006, tentei experimentar e tive uma péssima experiência. Minha conta foi invadida por algum cracker, que espalhou mensagens de cunho "obceno"-"pornô" para meus "amigos", que eram bem poucos na época. Então, decidi cancelar minha conta.

Em 2007, acabei por criar uma nova conta no Orkut. Isso rolou no primeiro semestre de 2007. Nesta mesma época, achei o máximo a plataforma Blogger (a qual uso até hoje, não ocnseguindo me adaptar à Wordpress). Sei que tive uns 3 blogs (se bem me lembro: Desconstrutora de Nós, Expresso Castañeda, Castañeda: uma mente inquieta) até chegar ao "Lida Diária", esta plataforma que utilizo para falar de mim, do que penso e do faço, compartilhando quase tudo para mostrar que se mostrando não se perde nada, mesmo que também não se ganhe.

Enfim, esta postagem vem a ser a minha estréia em 2011 na plataforma blogger, sinal de que anda bem mais parada do que em 2009, quando postei todos os fichamentos que escrevi para a seleção do doutorado no CPDA/UFRRJ. E foram muitos. Mas ando mesmo ausente do blog. Tomara que seja um bom recomeço.

E finalmente, cabe falar das plataformas tecnológicas que convencionalmente são chamadas de "redes sociais". Entre 2007 e 2009, minha experiência se restringiu ao Orkut. Para se ter uma idéia, depois de ter ficado mais ou menos um ano sem acessar, e considerando que o Orkut passou por várias mudanças, quase não reconheci a plataforma quando recentemente voltei a frequentá-la. Mas, lembro que, nesse período, usava muito para encontrar colegas que não via há tempos, e tinha as tais comunidades do Orkut, entre as quais participava mais da "Nova Friburgo", com debates interessantes em tópicos que eram criados pelos que participavam da comunidade, que era moderada.

Acho que foi no primeiro semestre de 2009 que criei minha conta no Facebook, plataforma que uso mais intesamente atualmente. Logo, não tem nem dois anos que uso o Facebook, que já mudou bastante. Antes a plataforma era toda em inglês, lembro que entrei e aceitei todas as sugestões que apareciam. Em pouco tempo, tinha uma "rede" com um monte de gente que não conhecia de um monte de lugares do mundo todo...

Em 2009, fiquei usando dessa forma mais anárquica e experimental o Facebook. Ali pelo final de 2009 e início de 2010, é que comecei a usar o Facebook da forma que uso hoje: falar de mim, comentar meu dia, comentar o que meus amigos nesta plataforma dizem e falam de si, postar notas interessantes, trabalhos, notícias, músicas, fotos, entre outras tantas coisas mais.

Também criei uma conta no Twitter, mais para o segundo semestre de 2009. Agora me dou conta de que antes de ser um usuário mais intenso do Facebook, usava bastante o Twitter, que hoje vejo como uma plataforma interessante, mas que já foi mais usada por mim. Lá rola muita informação disponível, são torrentes que procurei organizar recentemente ao criar listas para temáticas ou grupos de meu interesse. Mas ainda tô me (re)acostumando.

Enfim, depois de recuperar minha vivência na Internet, meu atual objeto de estudo, ainda que de forma breve e rasteira, percebo que já circulei por algumas plataformas (e-mail, blog, listas, Orkut, Facebook, Twitter) e o fato de colocar no papel (ou na tela) a forma pela qual enxergo essas experiências pode me ajudar a ver mais claramente de onde estou partindo, antes de começar a pesquisar as mudanças nos repertórios de ação política com/na Internet.

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